Saúde mental e emocional: entender a si mesmo sem precisar virar Buda 🧠💬🌱
Vamos começar com uma verdade simples (e às vezes difícil de aceitar): ninguém está 100% bem o tempo todo. Nem quem parece ter a vida perfeita nas redes sociais, nem aquele seu colega zen que faz yoga de madrugada, nem a Beyoncé. (Ou talvez ela esteja, mas ela é um caso à parte.)
Cuidar da saúde mental e emocional não é modinha, nem papo de coach — é sobrevivência emocional em tempos caóticos. E isso envolve algumas palavrinhas-chave que parecem simples, mas são poderosas: autoconhecimento, apoio, expressão e resiliência.
Vamos por partes? Prometo não dar lição de moral. 😅
🪞 Autoconhecimento: saber quem você é (e quem você não é)
Não precisa fazer retiro no Himalaia pra começar. Autoconhecimento é, basicamente, se observar com curiosidade, não com julgamento. Por que certas coisas te irritam tanto? Por que você evita certos assuntos? O que te dá energia? O que suga?
A University of Pennsylvania tem estudos mostrando que pessoas com maior consciência emocional tendem a lidar melhor com desafios, têm mais empatia e fazem escolhas mais alinhadas aos próprios valores [1]. E spoiler: isso não se conquista de uma vez. É um processo.
Começa com perguntas simples. E muita paciência.
🫂 Apoio: você não precisa fazer tudo sozinho
Sério, não precisa carregar o mundo nas costas tipo o Atlas da mitologia. Ter uma rede de apoio — amigos, família, um terapeuta, ou até um grupo que compartilha experiências — é um dos fatores mais protetivos pra saúde emocional.
Segundo um estudo da Harvard Study of Adult Development (um dos mais longos já feitos sobre bem-estar), relações de apoio são mais importantes para nossa felicidade do que dinheiro ou fama [2]. Pode parecer óbvio, mas na correria, a gente esquece.
Então, liga pra alguém. Manda um áudio de 2 minutos reclamando da vida. Aceita ajuda quando te oferecem. Isso também é força.
💬 Expressão: falar (ou escrever, cantar, desenhar) é libertador
Engolir tudo que sente não te torna forte. Só te deixa com uma bola de emoções entalada no peito. Expressar o que se passa — de forma segura e respeitosa — é uma forma de limpeza emocional. Nem sempre resolve o problema, mas alivia o peso.
A University of California, Berkeley demonstrou que rotular emoções (tipo dizer “estou frustrado”) já ativa áreas do cérebro que ajudam a regular o sentimento [3]. Ou seja: só de nomear, você já começa a se entender melhor.
Não precisa ser poeta. Basta ser honesto.
🌱 Resiliência: cair, levantar, xingar mentalmente, e continuar
Resiliência não é virar um robô que não sente nada. É sentir tudo e, ainda assim, seguir. É aprender com as quedas, mesmo quando dói. É saber que você não vai dar conta de tudo, mas vai fazer o melhor possível com o que tem.
A American Psychological Association e estudos da Yale University apontam que resiliência pode ser desenvolvida, e que ela cresce com conexões saudáveis, autocompaixão e pequenas vitórias cotidianas [4].
Você não precisa ser o exemplo de equilíbrio emocional. Só precisa continuar tentando — e se acolhendo no processo.
Conclusão (com carinho, não com regras):
Cuidar da saúde mental não é sobre estar sempre bem. É sobre ter consciência, pedir ajuda, se permitir sentir, e aprender a levantar sem se cobrar perfeição. Não é linear, não é bonito o tempo todo. Mas é possível e necessário.
Então, se hoje seu emocional estiver meio bagunçado, tá tudo bem. Tem espaço pra recomeçar. Todo dia.
E se ninguém te disse isso hoje: você tá indo bem. De verdade. ❤️
Fontes científicas (de universidades sérias, não de reels):
[1] Goleman, D. (2006). Emotional Intelligence and the Brain. University of Pennsylvania.
https://ppc.sas.upenn.edu
[2] Harvard Study of Adult Development – Good relationships keep us happier and healthier.
https://news.harvard.edu/gazette/story/2017/04/over-nearly-80-years-harvard-study-has-been-showing-how-to-live-a-healthy-and-happy-life/
[3] Lieberman MD et al. Putting Feelings Into Words: Affect Labeling Disrupts Amygdala Activity. University of California, Berkeley.
https://doi.org/10.1037/1528-3542.7.2.421
[4] Southwick, S., & Charney, D. (2012). The Science of Resilience. Yale University.
https://medicine.yale.edu/news-article/the-science-of-resilience/
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