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Descubra como colchão, travesseiro e iluminação influenciam seu sono e veja dicas práticas para dormir melhor com conforto e qualidade todas as noites.


Colchão, Travesseiro e Iluminação: O Trio que Impacta o Sono (Mais do que Muito Café)

Sabe aquele dia em que você acorda mais cansado do que quando foi dormir? A culpa nem sempre é do trabalho, da ansiedade ou daquele filme que você jurou que ia ver só “10 minutinhos” antes de dormir. Às vezes, o problema tá bem ali: debaixo da sua cabeça, nas suas costas... e no teto piscando.

Pois é, colchão, travesseiro e iluminação formam um trio poderoso — e muitas vezes subestimado — quando o assunto é qualidade do sono. E não tô dizendo isso pra te convencer a comprar um colchão de 15 mil reais que parece cama de hotel 5 estrelas. A ideia aqui é refletir (com humildade e humor) sobre como o básico bem-feito pode transformar o jeito que você dorme. E acorda.

Colchão: O Alicerce do Descanso (Ou do Torcicolo)

Dormir em um colchão desconfortável é tipo tentar tirar uma soneca em cima de uma tábua de passar roupa — só que com dor lombar de brinde. Um estudo publicado na Applied Ergonomics (2011) concluiu que colchões de má qualidade estão associados a maior desconforto musculoesquelético e piora na qualidade do sono. Já modelos que oferecem suporte adequado à coluna podem melhorar não só o sono, mas também a disposição ao acordar.

E não existe "colchão perfeito universal". Cada corpo tem suas preferências. Então, se seu colchão tem mais de 8 anos ou parece uma rede no meio, talvez esteja na hora de rever a relação.

Travesseiro: Pequeno no Tamanho, Grande no Impacto

O travesseiro é tipo aquele coadjuvante que rouba a cena. Escolher o modelo certo pode evitar dores no pescoço, melhorar a postura e contribuir para uma noite mais tranquila. De acordo com um estudo da Journal of Chiropractic Medicine (2014), travesseiros de espuma viscoelástica ou látex tendem a oferecer melhor suporte cervical do que os de poliéster, reduzindo desconfortos durante o sono.

E aqui vai um segredinho: não existe uma “altura certa” universal. O ideal é que ele mantenha sua cabeça alinhada com a coluna — sem deixar o pescoço torto, parecendo que você dormiu no sofá da avó.

Iluminação: O Inimigo Invisível do Sono

Agora, vamos falar de um vilão moderno: a luz. Aquela luz fria de teto, o celular brilhando no escuro, a TV piscando... tudo isso atrapalha e muito. Um estudo da Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism (2011) mostrou que a exposição à luz artificial à noite inibe a produção de melatonina, o hormônio natural do sono.

O ideal é usar iluminação quente e suave à noite, que sinaliza ao corpo que está na hora de desacelerar. Luminárias com luz âmbar, abajures e até velas (com segurança, por favor!) ajudam a criar um ambiente mais acolhedor e propício ao sono. E sim, desligar as telas antes de dormir é difícil — mas seu cérebro agradece cada minuto offline.


Dormir bem não exige luxo, mas atenção. Cuidar do básico — um colchão que te abraça, um travesseiro que não te trai e uma luz que respeita a madrugada — já é um baita passo.

E se ainda assim você acordar meio zumbi de vez em quando... tudo bem. Dormir bem é um processo, não um troféu. Vamos ajustando, testando, e torcendo pra próxima noite ser melhor que a anterior.


Se quiser conferir as pesquisas que embasam tudo isso, deixo as referências aqui embaixo (porque dormir bem com informação é ainda melhor!).


Referências Científicas

  • Jacobson, B. H., Boolani, A., & Smith, D. B. (2011). Changes in back pain, sleep quality, and perceived stress after introduction of new bedding systems. Applied Ergonomics, 42(2), 231–238. https://doi.org/10.1016/j.apergo.2010.06.003
  • Gordon, S. J., Grimmer-Somers, K., & Trott, P. H. (2014). Pillow use: the behavior of cervical stiffness, headache and scapular/arm pain. Journal of Chiropractic Medicine, 13(4), 238–245. https://doi.org/10.1016/j.jcm.2014.09.003
  • Gooley, J. J., et al. (2011). Exposure to room light before bedtime suppresses melatonin onset and shortens melatonin duration in humans. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, 96(3), E463–E472. https://doi.org/10.1210/jc.2010-2098