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Entenda como funcionam os ciclos do sono, suas fases e por que respeitá-los pode melhorar seu descanso, humor e saúde de forma surpreendente.

Ciclos do Sono: Entenda as Fases e Como Elas Afetam Seu Descanso (spoiler: é mais complexo que parece)

Você já acordou no meio da noite do nada, se sentindo como se tivesse sido atropelado por um caminhão de sono? Ou então já teve aquele cochilo de 15 minutos que milagrosamente te revigorou mais do que 8 horas de sono mal dormidas? Pois é... isso tudo tem a ver com os ciclos do sono.

Dormir não é só deitar, apagar e acordar. É um verdadeiro balé biológico que acontece toda noite — com coreografias bem definidas, incluindo fases leves, profundas e até momentos em que seu cérebro parece mais acordado do que você durante uma reunião no Zoom.

Bora entender isso direitinho? Prometo que é sem jargão médico e sem puxão de orelha!


O sono é dividido em ciclos (e cada ciclo tem suas fases)

Durante a noite, passamos por vários ciclos de sono, e cada um dura em média 90 a 110 minutos. A gente repete esse processo de 4 a 6 vezes por noite, mais ou menos. E dentro de cada ciclo, temos as seguintes fases:

1. Sono NREM (Não-REM)

a) Fase 1 – Soninho leve (transição):
A famosa piscada longa. Dura poucos minutos. Você ainda está meio consciente, qualquer barulho pode te acordar, e às vezes até sente que está caindo (sim, isso tem nome: espasmo mioclônico — dramático, né?).

b) Fase 2 – Sono leve mesmo:
Agora o corpo começa a relaxar mais: batimentos diminuem, a respiração desacelera e o cérebro começa a "desligar os ruídos". Essa fase representa cerca de 50% do tempo total de sono.

c) Fase 3 – Sono profundo (ou sono de ondas lentas):
Aqui é onde a mágica da recuperação acontece. Liberação de hormônio do crescimento, reparo muscular, consolidação de memórias básicas… Seu corpo te ama por isso. Difícil acordar nessa fase — e, se for acordado, você provavelmente vai se sentir um zumbi desorientado por alguns minutos.

📚 Referência: Harvard Medical School – Understanding Sleep: Deep Sleep and Its Importance


2. Sono REM (Rapid Eye Movement) – o cinema dos sonhos 🎬😴

Essa é a fase dos sonhos mais vívidos, onde o cérebro fica superativo, quase como se estivesse acordado, mas o corpo está paralisado (graças a Deus, né? Imagina sair atuando nos sonhos…).

Aqui acontece o processamento emocional, a consolidação da memória mais complexa e a "organização mental da bagunça". Começa leve no início da noite, mas os períodos REM vão ficando mais longos com o passar das horas.

📚 Referência: National Institute of Neurological Disorders and Stroke (NINDS) – Brain Basics: Understanding Sleep


Por que entender os ciclos do sono importa?

Porque, às vezes, a gente acorda grogue não porque dormiu pouco, mas porque foi acordado na fase errada do ciclo. É por isso que um cochilo de 20 minutos pode ser mais revigorante do que uma hora interrompida no meio do sono profundo.

E mais: saber como funcionam os ciclos ajuda você a planejar melhor seu sono. Já ouviu falar de acordar no fim de um ciclo, e não no meio? Tem gente que usa app pra isso, mas também dá pra estimar no olho (tipo dormir por múltiplos de 90 minutos, por exemplo).

📚 Referência: Dement, W.C. et al., Stanford University – Sleep Cycle Studies, Journal of Clinical Sleep Medicine


Dicas sem neura (prometo!) pra respeitar seus ciclos

  • Tente manter horários regulares. Seu corpo AMA rotina.

  • Evite telas antes de dormir. Eu sei, dói... mas ajuda.

  • Se for cochilar, prefira 20 a 30 minutos ou 90 completos. Nada de “vou só deitar por 12 minutinhos”.

  • Durma o suficiente pra completar pelo menos 4 a 5 ciclos por noite (isso dá em torno de 6 a 8 horas).

Sem pressão, tá? Não precisa virar o fiscal do sono perfeito. Só entenda como funciona, e adapte do seu jeito.


Conclusão: Dormir bem não é só quantidade, é respeitar o ritmo

Seu corpo é tipo uma orquestra: cada instrumento (ou fase do sono) precisa tocar no tempo certo pra tudo soar bem. Quando a gente entende como os ciclos funcionam, começamos a enxergar o sono como ele realmente é: um dos pilares mais importantes da nossa saúde — junto com comida boa, gente legal por perto e, quem sabe, um meme antes de dormir.


Referências científicas confiáveis: